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Crítica: Por que The 100 é a melhor série de ficção científica na TV?


Recentemente a Geek.com fez uma analise de The 100, dizendo os motivos que levam a série ser a melhor de Ficção científica da TV. Nossa equipe esteve traduzindo a matéria no qual você poderá conferir abaixo:

"Olhe para esse título. Bem incendiário certo? Esse cara está realmente proclamando que uma série na The Cw — casa de The Vampire Diaries — pode realmente competir com todo resto de ficção científica que está na TV agora e ganhar?

Sim. A rede que nos trouxe "Homeboys in Outer Space" tem, vagarosa e estavelmente, tornando-se um ponto central para a cultura nerd. "Arrow" desovou duas outras séries sobre a DC Comics, que alegremente festejam nesse universo expandido (menos os caras grandes como Batman e Super-Homem). E nenhuma série demonstrou a quão ousada é a CW tanto quanto The 100. O que surgiu como apenas outro aproveitador do sucesso de "Jogos Vorazes" se transformou numa das séries mais firmes e moralmente complexas na TV. Que outro drama adolescente tem a coragem de seguir com um enredo onde um dos membros do triângulo amoroso comete crimes de guerra?

Aviso: vão ter grandes spoilers da primeira e segunda temporada nas palavras que se seguem, assim como coisas sobre a terceira temporada. Se isso é demais pra você, apenas assista a série e volte a esta página quando terminar. Vamos esperar.


POUSO FORÇADO


Aqui está uma breve explicação sobre o que The 100 conta. A humanidade se estragou e a destruição mutuamente anunciada aconteceu. A superfície da Terra é inabitável devido à radiação ambiente, e os únicos sobreviventes têm vivido em uma estação espacial chamada Arca por quase um ano século.

Apenas um problema: um século é tempo demais para sobreviver no espaço, e os recursos estão diminuindo. Para sobreviver, os residentes da Arca instituem um Código Criminal impiedoso: uma ofensa e você é expelido para o espaço através da câmara, deixado para morrer em agonia. Menores de idade são poupados desta punição, e ao invés, são trancados em um confinamento solitário até completarem 21 anos, idade em que a colônia normalmente os expelem de qualquer maneira.

A série começa com todos estes menores prisioneiros sendo mandados até a superfície da Terra, sem conhecimento do fato ou consentimento, para ver se os humanos podem sobreviver. A Arca está morrendo, e esse ato desesperado pode ser sua única chance. Não é preciso dizer, as crianças consegue chegar, em sua maioria bem, e não morrem de intoxicação por radiação, mas é aí quando as coisas ficam interessantes. Vejam, outras pessoas sobreviveram. Há os Grounders, que tem uma resistência natural à radiação e formaram tribos, sociedades primitivas. E então há os Homens da Montanha, um grupo descendente das elites que conseguiram chegar a um grande abrigo contra a radiação, Mount Weather, antes das bombas caírem.

O conflito entre os três grupos — agravado quando a Arca explode e manda suas partes componentes, assim como os adultos, até a superfície também — conduz o motor das primeiras temporadas. Os episódios são cheios de traições, surpresas e brutalidade. Sobrevivência é a única lei nesta nova terra, pelo bem ou pelo mal.

CONSISTÊNCIA MORAL


Um dos maiores desafios para o diretor é garantir que suas histórias estejam em universo que faça sentido. Quando você tem um enredo que precisa ser finalizado, é extremamente tentador puxar as cordas e fazer as coisas acontecerem porque precisam acontecer. Uma das coisas mais impressionantes sobre The 100 é o quão pouco eles recorrem a isso. O universo no qual a série se estabelece é impiedoso e moralmente determinista, mesmo que isso signifique ter coisas ruins acontecendo com personagens com quem nos importamos.

Um dos melhores exemplos disso vem logo na primeira temporada da série. O contato inicial do grupo com os Grounders foi adverso, mas era claro que os Grounders estavam apenas defendendo seu território e não usando força letal. Isso muda abruptamente no meio da temporada, quando as crianças caem sob ataques perversos e contínuos, aparentemente sem razão. Mas é o "aparentemente" que conta aqui. Mais cedo, com as crianças na terra tendo nenhum contato com a Arca, a engenheira Raven traça um plano para lançar foguetes como um sinal para ser visto do espaço. Os foguetes vão para cima brilhando em arcos para fechar o episódio, um momento bom de puro triunfo. Isto é, até aprendermos que tudo que vai para cima tem que descer. Um desses foguetes colide num acampamento de Grounders, matando dúzias de pessoas inocentes. Por qualquer perspectiva, isso é um ato de guerra, e agrava o conflito entre os dois grupos em níveis letais. Há uma simples, crédula, e determinada explicação: ações têm consequências, e pagá-las é difícil.

Pense em quantos espancamentos perversos e feridas horríveis vemos em séries como "The Walking Dead", onde personagens saem poucos episódios depois de entrarem. Quando Raven é baleada na perna, na primeira temporada, o dano no nervo persiste, requerendo que ela vista um suporte para andar e adicionando uma nova camada de complexidade à personagem. Tudo significa alguma coisa, e as escolhas que as pessoas fazem as queimam para sempre.


CIÊNCIA RAZOÁVEL


Aquela famosa frase de Arthur C Clarke, "qualquer avanço tecnológico sustentável é indistinguível da mágica", pode ser vista no coração da maioria das séries de ficção científica na tv. É tão fácil chamar o departamento de propaganda e conseguir com que lhe façam um pretexto que avance com a história e lide com conflitos de enredo, usando a "ciência". Ainda que The 100 se passe a um século no futuro, a marca do progresso parece muito razoável — especialmente considerando que boa parte da humanidade voltou à Idade da Pedra.

O núcleo de conflito da primeira temporada da série é a escassez de recursos: a Arca simplesmente não consegue sustentar sua população, mesmo com o racionamento rigoroso, o sistema de justiça draconiana, e a política de uma-criança-por-família. A comida — produzida em jardins hidropônicos de alta eficiência — está se acabando, assim como a água e, mais importante, o oxigênio. Essa escassez está levando a terríveis escolhas morais, como potencialmente enviar cem crianças para suas mortes na superfície, para ajudar a oxigenar cem outros adultos no espaço. Seus suicídios manteria a colônia flutuante por apenas mais algumas semanas. Ninguém surge com uma ideia no último minuto para salvar o dia. A cama foi feita, e não estamos dormindo facilmente.

Essa atitude em direção à ciência persiste pelo resto da série. Não há curas miraculosas, ou armas de laser, ou teletransportes. As pessoas em Mount Weather têm acesso as agentes de guerra químicos repulsivos, mas eles não são muito piores das coisas que temos hoje.

A terceira temporada nos introduz à uma Inteligência Artificial que tem seus próprios planos, mas mesmo aí  The 100 sabiamente segura as cartas perto da manga.


ESCOLHAS HUMANAS


Ainda que a ciência não tenha dado nenhum salto tremendo em cem anos, o caminho da consciência humana deu. Barreiras de gêneros e sexualidade que ainda travam nossa cultura se desintegraram vagarosamente durante os cem anos flutuando no espaço, e é fascinante como a série lida com isso.

Uma das coisas mais interessantes sobre a série é o tratamento que dão ao gênero. Clarke, a pessoa mais próxima que a série tem de uma protagonista, é uma garota adolescente, cheia de todas as manias e falhas que adolescentes têm. Mas ela também é comprometida com a sobrevivência de seus amigos, e no clímax da segunda temporada ela faz a decisão de matar centenas de pessoas inocentes — incluindo crianças — para acabar com o conflito com Mount Weather.

Há um conceito sobre "personagens femininas fortes" onde os escritores sentem a necessidade de representar a mulher no poder com menos complexidade que os homens — "forte" é o único traço que as personagens têm. Porém Clarke, e as outras mulheres proeminentes em The 100 acabam com esse conceito. Certamente, ela é forte. Mas ela também vulnerável, e algumas vezes impulsiva. Ela é humana de uma maneira que as mulheres geralmente não têm permissão de ser em ficções científicas. Isso se torna ainda mais interessante quando a série lida com a bissexualidade da Clarke. Ela é atraída tanto por homens quanto por mulheres, mas esta é apenas uma faceta reconhecida de sua personagem. Clarke não sofre um desvio dramático de uma personalidade para outra devido a forças externas. Ser bi é apenas outra parte de quem ela é, e isso é lidado sem qualquer comentário ou condenação. Adoraria ver que a série dar o mesmo passa com a homossexualidade masculina, mas este é um começo.


DETALHE ORIENTADO


Um dos maiores desafios em retratar um mundo que não é o nosso próprio, é a consistência. Os Grounders tiveram cem anos para construir uma nova sociedade nas ruínas da antiga, e uma das coisas mais interessantes em The 100 é como eles contrastam suas sociedades com as outras.

As pessoas dentro de Mount Weather ficaram estancadas por quase um século, cercados por obras de artes e relíquias da civilização pré-apocalipse. O novo mundo é literalmente tóxico para eles, então eles ficaram estagnados do lado de dentro, caçando Grounders por sangue e trabalho escravo.

Os residentes da Arca foram forçados a crescer de formas mais severas. A escassez deu-lhes um código moral que prioriza o sacrifício próprio, e suas vestimentas e cultura refletem isso. Suas roupas são remendadas com trajes antigos, meticulosamente costurados, e a arte e música que eles fazem são criadas a partir de entulho, temporariamente.

Os Grounders, entretanto, floresceram. Com o mundo inteiro à sua disposição, eles passaram um século construindo novos mitos ao redor da catástrofe e do que se seguiu. Esses mitos se mostram em histórias, tatuagens, obras de arte — a estrutura de suas vidas. Por todo seu primitivismo, os Grounders têm a coisa mais próxima à comunidade real, e é fascinante assistir Clarke e os outros chegarem a um acordo com isso.


O FIM DO MUNDO


Certamente, a série não é perfeita. Alguns dos diálogos — especialmente nos episódios iniciais — podem ser dolorosos. Entretanto a cenografia gasta um grande orçamento com velas norte-americanas, e a maneira como eles tratam a intoxicação por radiação é apenas absurda. Entretanto, poucas séries conseguiram esculpir um nicho único e potente em pouco tempo.


Se você não está assistindo The 100, você pode corrigir essa situação agora mesmo. A primeira temporada está na Netflix. Eu vou avisá-lo que os primeiros três episódios são um pouco incertos — o elenco e os produtores estão encontrando seus passos e avançando para longe dos clichês adolescentes. Quando engrena, no entanto, esse trem fatal não para.

13 comentários:

  1. A estoria até que é legal..mas me pareceu tipo um lost...e tem furos que são grosseiros. Como que a pessoa avisa a 300 pessoas que irão morrer e as pessoas se voluntariam para morrer? ah por favor...e outra, o tonto lá quase morreu enforcado e foi punido porque a outra se matou..enquanto o cara lá rancou o radio e matou 300 e nada aconteceu...fora furos ridiculos de obediencia de comandos..

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    1. também achei a série cheia de furos. O rapaz negro foi assassinado e a Clarke não mostra quase nenhuma tristeza, muito menos um momento de luto! E dá para ver que se passou muito pouco tempo da morte dele para terem pulado o luto dela, pois quando encontram os dedos decepados deles, eles estão inteirinhos e não decompostos. Aliás, que faca afiada é essa que corta os ossos de um rapaz quase adulto pelas mãos de uma garotinha??? Fiquei impressionada com a quantidade de críticas positivas em relação a essa série, não parece que merece.

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  2. Como é que você assiste e não compreende? Kkkk

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  3. Como é que você assiste e não compreende? Kkkk

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  4. A série demonstra o grande conflito da humanidade pela sobrevivência, livre arbítrio nossa grande essência sempre influenciada pelos clichês e pela grandes mentes pervesas que muitas das vezes não enxergamos mas que somente através do amor e da experiências conseguimos superar, nos mostra o quanto é necessário aprender com nossas escolhas utilizando inteligência emocional esquecendo até mesmo o mal que fizemos e que nos fizeram para evoluir em um objetivo comum, perdoando-se e perdoando o próximo... Filosofia pregada por Jesus Cristo.

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  5. A série demonstra o grande conflito da humanidade pela sobrevivência, livre arbítrio nossa grande essência sempre influenciada pelos clichês e pela grandes mentes pervesas que muitas das vezes não enxergamos mas que somente através do amor e da experiências conseguimos superar, nos mostra o quanto é necessário aprender com nossas escolhas utilizando inteligência emocional esquecendo até mesmo o mal que fizemos e que nos fizeram para evoluir em um objetivo comum, perdoando-se e perdoando o próximo... Filosofia pregada por Jesus Cristo.

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  6. Muito mal feita, principalmente efeitos especiais, como reentrada na atmosfera em mísseis. Mudanças de personalidades dos personagens, obviedades que garantem um roteiro ruim e principalmente falta de recurso digital e humano como figurantes. A proposta é boa, faltou produção e uma boa direção.

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  7. Muito mal feita, principalmente efeitos especiais, como reentrada na atmosfera em mísseis. Mudanças de personalidades dos personagens, obviedades que garantem um roteiro ruim e principalmente falta de recurso digital e humano como figurantes. A proposta é boa, faltou produção e uma boa direção.

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  8. Essa série é uma porcaria... o cara leva uma lança no peito sai voando com o impacto... aí colocam um bandaid e no outro dia vira "guerreiro"... Bomba.. Malhação é melhor....

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  9. Não gostei nada dessa série... É muito mal feita... Ainda consegui segurar por duas temporadas ignorando todos os erros e absurdos acreditando que fosse melhorar, mas não deu... É péssima em resumo... Não reflete ou explora nenhum conceito psicológico: é puro chute no vazio. Não há nem como usar nada como exemplo para criticar pois não existe nenhuma coesão, seja tecnológica, seja psicológica ou seja comportamental... Acredito que deve ter havido OM bom intento no começo da série mas isso se perdeu ainda antes do estranho e pouco crível retorno da "Arca" para a Terra (em quase cem anos não imaginaram isso e, de repente, retornam na marra e de uma forma simplesmente impossível pois, para início, nada na estação, nenhum dos módulos, possuía proteção para reentrada mas, mesmo assim, reentrou a atmosfera incólume...)...

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  10. Série vazia e sem nenhuma moralidade... Nada é justificável, não existe honra, não existe uma força maior.... Acho que o espaço deixou todos "amorais" e antiéticos... Nem perca seu tempo assistindo...

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  11. A série é ótima bem trabalhada,mostra como a tecnologia adquirida e aplicada de forma errônea,pode ser uma arma poderosa.Algo q seria benéfico e ampliaria e aprimoraria um conceito diferencial e aplicado,tecnologicamente se trrasmuta tomando proporções irreparáveis e dizimando parte da raça humanas.Após séculos parte dapopulação sobrevive,na arca q já existia msm antes do ocorrido,onde Becca a cientistas q cria Alie,desce a terra p tentar reparar parte dos danos,aplicando o "sangue negro"substância q expeli a radiação,passado os 96 anos Becca é cultuada como a comandante,os descendentes de sangue negros lideram os povos ,cada qual c seu Clã e a chama controlada p alie é cultuada,como algo sagrado no âmbito religioso criado p acreditam ser uma força superior,the 100 abrange a tecnologia e o conhecimento c povo do céu,p c povos bárbaros q se consolidam e predominam na terra c barbárie sem conceitos humanitários,mas só mente de seu povo...a guerra os movimenta a intolerância devasta a compreensão p q haja paz,e mostra um reflexo de religião c Alie na cidade da Luz,a doutrinação p fraqueza e tentativas de polarizar p q aja concenso entre os povos.

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